São pequenas notas, textos concretos, versos complexos, poesias cotidianas e esperanças.

E quem disse que seria fácil?


Os momentos de pausa são complicados para assimilar. A vida diz: Para! (...) E não tem como mudar as coisas, a não ser aceitar as coisas como elas são. Parece que tudo volta á estaca zero e você se vê sozinha de novo e sem aquela possível saída. Eu já nem sei quantas vezes experimentei essa sensação e tão pouco compreendo o motivo pela qual eu ainda não me acostumei. Tudo vai bem até que... nada! Um grande nada se instala e só me resta esperar. Parece até que os sonhos se desfazem e tudo aquilo que foi sentido não faz nenhum sentido. Era só eu dando importância demais para a esperança que de infinita se transformou em finita em questão de horas. Aquele ar de momento místico se perde e quase chega a parecer devaneios, loucura disfarçada de inocência quase juvenil. Eu volto a organizar tudo, dentro e fora de mim. E passo os dias a esperar. De certo algo eu tenho que aprender com tudo isso. Todas as ideias escritas no caderninho de reflexão saltam em coro dizendo sobre a importância de viver um dia de cada vez, aproveitar o momento, não me preocupar tanto, ser menos apegada, viver a vida como ela é. Eu olho em volta... As cachorras tranquilas dormem aos meus pés. A música toca e um pouco de paz se instala em meus pensamentos. Tudo segue em frente. Cada um com a sua própria vida segue em frente. Eu escrevo essas linhas e sigo em frente.


* Nany Peres *