São pequenas notas, textos concretos, versos complexos, poesias cotidianas e esperanças.

Em dias de chuva... sorria!


Essa vida é um grande livro de aprender. Nada é por acaso. Tudo tem um motivo. Tudo tem um porquê. Tudo faz parte. Nada é descartado. Que bom! Que bom que a gente pode ao longo da vida descobrir sobre o poder do amor e dos benefícios de poder amar e ser amado. Que bom! * Eu te amo *


***Nany Peres***

 

O disfarce perfeito




Preciso definitivamente voltar a escrever. Sinto que uma parte de mim está despedaçada e outra parte ainda luta por um motivo para sobreviver entre cacos de existência. Eu, alma perdida, fico entre chegadas e despedidas. Meu falar é anulado, enquanto me ocupo em falar de outras maneiras. Me falta energia, às vezes me faço falta. Mas, não deixo que a percepção atrapalhe meu caminhar. Eu aprendi a disfarçar meus medos e minhas inseguranças. Eu e minha pequena e frágil bolinha de sabão. Flutuando e se esquivando do primeiro que a arrebentará com um simples toque de dedos. Ás vezes dói. Só que eu não me deixo perceber!


*** Nany Peres ***

Com tempo para ter tempo.


Quanto tempo... O suficiente para me desfazer e me refazer aos pouquinhos dentro de mim. A última vez que escrevi aqui foi dias antes de fazer 46 anos e agora volto dias antes de fazer 47 para retomar a escrita que me é tão fundamental. Não sei explicar exatamente o motivo de parar de escrever, tendo em vista o fato de que eu gosto muito de escrever! Realmente não sei. Enfim... 46 anos me marcou pelos desafios... Foram muitos! Precisei lidar com angustias, pressões internas e externas, com uma ansiedade absurda que pela primeira vez me derrubou a ponto de eu precisar me recuperar a custa de alguns remédios. Fiz descobertas difíceis, lidei com meus reflexos, pessoas, fatos e ações. Fui produtiva em momentos que achei que iria cair e cai quando achei que nada me derrubava. Pois é... Vamos dizer que não foi um ano fácil, mas, foi um ano de aprendizagem com toda certeza! Eu pude aprender um pouco mais sobre mim, sobre meus limites e avanços. Pude dizer não pra muita coisa e pra muita gente. Também pude aceitar condições e dizer sim. Precisei lidar com as etapas da vida, com os filhos crescendo, com a distância dos meus pais (geograficamente), com as mudanças do meu corpo, da minha cabeça e alma. Busquei informações dentro da solidão e dei o devido valor para minhas lágrimas e para os meus sorrisos. Esse ano que passou, fui minha pior inimiga e minha melhor amiga. Me dei uma chance. Me abracei milhões de vezes. Me ouvi e me recriei. (Mais uma vez) 

Ser livre através da felicidade de viver sem medo de ser feliz hoje.

*Nany Peres*  

 

46 anos...

                              

Estou aqui... Sentada... Tomando meu café... E algumas imagens, memórias, cenas de muitas coisas que eu já vivi vieram perambular meus pensamentos. É incrível que no decorrer da vida, conforme você vai envelhecendo, tudo vai ficando mais simples. E olha que eu ainda me considero a "rainha da ansiedade contida" ... Hoje, aos 46 anos, espero mais de mim e menos dos outros. Eu acredito (internamente) mais em mim sem a necessidade de fazer tanta propaganda para os outros. Eu me amo profundamente diante do que eu realmente sou, tenho e estou. Me cobro menos pelos meus erros e valorizo mais os meu acertos. Esse é o texto de 46 anos que eu vou colocar no meu blog pessoal e que eu queria compartilhar com quem eu mais amo no mundo. Eu sei, eu sei... Blog é ferramenta defasada! Mas, fazer o que se eu amo escrever no meu blog "véio" de guerra!!! Parte desses 46 anos foram construídos com a ajuda feliz de um rapaz de sorriso largo, imaginativo, com palavras fortes e sensato. De uma mocinha alegre, responsável, sarrista e extremamente criativa. De um ser pequenininho repleto de muita luz e gigante em seus ensinamentos. De uma garotinha de temperamento forte, corajosa, destemida e de coração gigante e generoso. Foram esses os que me motivaram a chegar até aqui. E nessas linhas eu escrevo com TODAS AS LETRAS que eu só tenho a agradecer. E isso já faz valer esse meu tempo de crescimento nesse mundo de malucos!!! Obrigada Artur, Lara, Julia e Anna.


*Mamãe*

Preciso...

Preciso voltar a escrever. Preciso voltar a colocar minhas palavras para fora de mim. Me esvaziar da dor que se instala em meu coração cansado. Preciso voltar a olhar pela janela e deixar fluir os pensamentos em forma de linhas. Preciso deixar meu sentir incompreendido de lado e me liberar da promessa eterna de que a vida pode ser maravilhosa. Preciso me esvaziar. Sou o copo quase cheio a transbordar. Quanto eu valho? Quem sou eu nesse mar de gente? Aonde foi que enterrei minha voz? Meu olhar... Alma minha! Estou morta e esquecestes de me avisar! Preciso de um sinal de que realmente tu precisas de mim nesse lugar transparente e gélido chamado solidão. Preciso sentir-me viva mesmo estando presa nesse lugar. Preciso de um lar.  


***


A fugacidade das palavras que saem são absolutamente um balsamo de sobrevivência. Estou sentada nessa cadeira imaginando um fim poético para frases deliberadas e pensamentos profanos. Não quero que soem como ingratidão. Afinal... Quem sou eu para ser ingrata? 


*Nany Peres*

Me dá tua cara pra eu bater!

A covardia por trás do mundo virtual, a falta de amor e respeito, o medo. E por falar em medo... Quem tem medo do lobo mau diante de um mundo virtual tão mais violento e sagaz? Eu fico tentando imaginar qual é a finalidade do ser humano além de derrubar seus semelhantes? ... Vamos! Tenha coragem... se exponha! ... De qual lado você está? ... Não importa! Isso realmente não importa! ... Me dá a tua cara pra eu bater! Culpado ou inocente... Não importa! Necessitamos bater em alguém! ...  É deprimente o gosto que nutrimos pelo pré-juízo constante dos outros. Pela dor alheia... Seja quem for o alheio em questão... Que não sejamos nós já está de bom tamanho! E o lixo é varrido para baixo do tapete. O show de horrores ao qual tanta gente se presta é imprestável no mundo real. Machuca, agride, deprime e mata. Gente que pelo visto não tem nada a temer ou perder! São os juízes de plantão com suas sentenças pré-determinadas em forma de preconceitos contidos. Gente que ama ver o circo pegar fogo em nome do "bem"!


*Nany Peres*

Diante dos meus 46 anos de vida...

Li a certa altura do caminho uma dessas bonitas frases de para-choque que me fez pensar durante alguns segundos. Confesso que as palavras embaralharam e ecoaram de modo a causar em mim um certo desconforto que posteriormente foi produzindo algum tipo de sentimento que me desafiou a sentar e escrever essas linhas... Foi a dita cuja, que no auge dos meus quase 46 anos de vida me fez sacudir por dentro quando sinalizou claramente que eu não tinha uma resposta pronta para uma pergunta tão simples e direta. Mulher de tantas mudanças e transformações, mãe de quatro filhos de ganhos e perdas, filha de acertos e erros, esposa e aprendiz de convivência, professora por honra, Educadora por vocação e maestra em largar mão de tantas coisas na estrada e desapegar, cuidadora incansável dos bichinhos de estimação... Desenhista, costureira, cozinheira, fiel escudeira. Tudo e nada! Antes eu achava que eu também tinha um super poder, hoje em dia (eu acho) que meu super poder é saber que eu não tenho super poder, é saber que venho aprendendo a conviver com o que eu sou e estou, aqui e agora. Hoje, meu super poder é ver o mundo como ele realmente é, aceitando que sou falível dentro do sistema , reaprendendo a me reconstruir e me reconectar em cada etapa do caminho, me valorizando a medida da passagem do tempo. Sei lá, acho que na minha camiseta a frase seria assim: "Envelhecer nesse mundo exige super poderes!"


*Nany Peres*

A Felicidade...

O dia em que eu fui mais feliz foi o dia que fiz sorrir; Foi o dia que dei alguma alegria a ponto de acreditar que dela podia me alimentar para sempre. O dia em que fui mais feliz não foi o dia que ganhei mais dinheiro ou comprei algo que eu gostaria de comprar. Foi o dia que eu pude fazer algo simples que transformasse o dia de alguém. 


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Nany Peres

Porta

Eu sigo esse novo caminho... Eu abro essa porta que apareceu. Depois de tantos nãos, depois de tantas frustrações eu voltei a sentir o ar tocar meus pulmões outra vez. Eu voltei a me encantar e ler a vida através de cada palavra de carinho vinda de todas as partes desconhecidas. Eu, pouco a pouco vou fazendo do meu jeito. E o meu jeito só pode ser feito com entrega e amor. O mundo pode ser cruel com pessoas muito emocionais, mas ninguém desse mundo conta com a força que pessoas como eu levam dentro. E é essa força que ressurge a cada morte. Mais forte! Mais viva! As lágrimas existem, mas ao caírem  sempre serão de gratidão. Sempre.


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Nany Peres

Ano novo de verdade!


Daqui uma semana já é ano novo... Pois é, 2020 não foi fácil pra ninguém! Mas, como diriam os mais experientes, diante das dificuldades aprendemos muito sobre a vida, sobre os sentimentos e sobre superações. Foi um ano maluco, com situações inéditas, com distanciamentos que fizeram a gente entender a alegria de estarmos juntos. Fomos convidados a entender e interiorizar o valor da família, do respirar e da liberdade de ir e vir. Revalorizamos o trabalho nosso de cada dia. Tivemos tempo para prestar atenção no dia a dia. No simples amanhecer, no dormir, acordar, cozinhar, limpar, cuidar... Olhar para dentro e absorver o que vinha de fora de maneira criativa, buscando inspiração naquilo que adormecia durante anos dentro de nós mesmos. Pudemos nos dar conta de todo tempo perdido e de perceber a devida importância do simples ato de poder estarmos vivos. A vida e a morte estiveram caminhando lado a lado, de  mãos dadas em uma linha tênue. O mundo tornou-se invisível! Choramos a perda de entes queridos e lidamos com a dor dentro de nossos próprios mundos. Por fim... Foi um ano abençoado! Pois nos trouxe lições valiosas para continuarmos caminhando. Feliz 2021!


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Nany Peres

Infinita realidade...

Somos então, aprendizes dos mistérios dessa infinita caminhada... Diante do "tudo" somos pequenos grãos de areia revestidos em matéria que com o tempo finito se desfazem; E diante do "nada" nos encontramos gigantes na capacidade que temos para desenvolver sentimentos de amor, tolerância, resignação, resiliência, querer bem e um pensar positivo. Pouco a pouco, nós, espíritos sorrateiros vamos compreendendo que mais vale SER do que ter, mais vale aceitar a infinita realidade produzindo mudanças significativas para si e para seu entorno aqui e agora.



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Nany Peres

Amigos...

Esse mundo não nos pertence! Somos caminhantes em busca do aprender. Nossas vidas são cruzadas e nossos destinos nada mais são do que aquilo que conhecemos como livre arbítrio. Somos espíritos em evolução, e cada um de nós, em sua jornada, colabora com os outros camaradas que aqui  também estão. Nossas memórias de outrora são apagadas de nossas singelas almas para que possamos daí nos perdoar e sermos perdoados, podendo assim, recomeçar a verdadeira caridade. Nossos longos dias são então pequenos grãos de tempo no mar de um Universo tão profundo, tão gigante, tão infinito que somente os mais tolos acreditariam que aqui é o fim de tudo.


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Nany Peres

Instrumento...

Como um instrumento quebrado eu assim me vejo. Por certo, as peças estão esparramadas diante de mim e sozinhas não fazem nenhum sentido. Também não produzem som, apenas um silêncio incomodo e improdutivo. Eu posso  ficar ali, parada, contemplando o caos e tentando entender os motivos que me levaram à uma ou outra escolha. Ou, eu posso agir,  criando coragem para recomeçar, remontando esse instrumento que me é tão caro... Oh, meu bom Deus! Sim, eu tenho coragem para resgatar cada uma dessas peças soltas que fazem parte do meu Eu, reconstruindo e voltando a tocar novas músicas para novos tempos com a mesma beleza e serenidade de antes.  Sim! Eu posso!


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Nany Peres 

Um "ser" chamado, Mãe.

"Ser mãe" foi e é tão bom, tão válido, tão cálido. Foi e é sentimento pacificador em minha alma, ao mesmo tempo que imprime espírito aventureiro diante das profundezas do desconhecido ato de tomar decisões ou não tomar em pró daqueles que fizeram (um dia) parte integrante de mim. "Ser mãe" é e sempre será condição perspicaz de eterna aprendiz, observadora de olhares, falastrona indomável de abraços apertados, lágrimas e risos. Ser mãe é (suspiro). Raízes e asas. É liberdade zelada. Eu realmente amo ser mãe. E eu amo meus filhos. Por isso mesmo, sou eu quem deve agradecer à eles essa grande oportunidade de evoluir e SER esse ser chamado mãe. Obrigada, Artur, Lara, Julia e Anna! Sem contar toda cachorrada, gata, peixes, periquitos e companhia que fizeram e fazem parte dessa pequena jornada de ser

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Nany Peres
(Mamãe*Mainha)

Lara 1.9

"Eu só quero dizer que podemos ser o que quisermos, basta a gente acreditar! Te amo. Amo seus irmãos por me ajudarem a concretizar essa festa. Seu pai por caminhar comigo em dias de chuva e sol. Seus avós por toparem de tudo, tio(a)s de coração.  Amo cada amigo que compartilhou e nos ensinou muito sobre AMIZADE. Obrigada! Feliz Aniversário Lara!"

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Nany Peres

45 anos (Muitas em uma)

Artur, Lara, Julia e Anna.

Para meus filhos amados.

Eu escrevo essas linhas para expressar todo meu amor por vocês. Foi muito especial para mim tê-los comigo e eu agradeço do fundo do meu coração a oportunidade de conviver e aprender tanto com vocês nessa vida.  Aprendi lições valiosas sobre amar, respeitar, querer bem, resignar, resiliência, doar, criar, imaginar, sorrir, ser feliz em qualquer circunstância e a principal lição que tive: GRATIDÃO. Obrigada meus grandes amores.

1. Sejam unidos! Se amem e se valorizem. Não briguem! Mas se por ventura brigarem, aprendam e se esforcem em fazer as pazes. Além de irmãos, vocês são companheiros de caminhada.

2. Recebam mutuamente as pessoas que vocês amam em nossa família com respeito e carinho. Acolham cada uma como se estivessem acolhendo a mim. Construam uma grande família sem rancor, dor e sofrimento. 

3. Sorriam para a vida. Ela sorrirá de volta para vocês. Não percam a esperança e tenham fé em algo maior. Cada um de vocês precisa descobrir o Deus que vive dentro e florescer em gestos, palavras e ações.

4. Tenham bom coração.

5. Criem uma rotina! Não importa a distância. Uma vez por semana, mês ou ano, que vocês se reúnam em torno de uma mesa, se alimentem juntos, conversem sobre a vida, riam, relembrem.

6. Cada escolha que fizerem, façam conscientes da importância que tem para vocês e das consequências que elas significam. Sejam fortes e coerentes!

7. Com responsabilidade e bom senso, escolham fazer coisas que os motivem sair da cama. Façam e realizem sonhos. A curto, médio e longo prazo... realizem sonhos.

8. Aqui deixo autorizada minha doação de órgãos (tudo que estiver valendo a pena) e cremação dos restos materiais.

9. Lembrem-se da Julia e das lições preciosas ela que nos deixou.

De onde eu estiver, estarei olhando e zelando por vocês. Com amor, mamãe.

Chico, obrigada pelos quatro presentes lindos que tivemos juntos e tantos outros de quatro patas que você pôde compartilhar comigo durante todos esses anos de nossas vidas. Obrigada por tudo. Eu te amo meu bom amigo.

*Nany, Laa, Dona Mainha, Mamãe*

Goodbye Yellow Brick Road

Samanta... Minha Sam. Amava melancia e adorava caçar lagartixas... Grande e querida amiga... Dona de uma personalidade canina ímpar. Eu costumava brincar que ela só faltava falar! Viajante leal. Aventureira. Companheira. Saudades. Sam.

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Nany Peres

Presentes do Universo


(...) De manhã sai para caminhar com o Artur e aproveitei para levar e entregar alguns currículos. (Eu ainda não consegui me convencer de que a internet substituiu o velho e bom trato do olho no olho.) De qualquer forma os dois caminhos devem chegar em algum lugar comum. Assim eu espero! (...) Andamos e dividimos o fone de ouvido apreciando um bom e engraçado programa de "entrevista" da web. Posso garantir que nos divertimos e eu supostamente cheguei mais tranquila nos lugares onde havia planejado ir. Tudo transcorreu bem, então, já era hora de voltarmos para fazer o almoço e buscar a Anna na escola. O Artur sugeriu um caminho, saindo do habitual, mas, num determinado momento me propôs voltar para a avenida principal e eu disse que não, que podíamos continuar naquela pequena rua. E mais ou menos vinte passos adiante encontramos essa caixa repleta de livros numa lixeira. Eu entrei em estase! Não acreditava... Principalmente, porque ontem foi o Dia do Livro e por aqui é hábito dar e receber livros e rosas da família e amigos.(...) Voltamos para casa numa alegria sem igual. E eu (com certeza) me senti mais uma vez presenteada!

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Nany Peres

Ao meu lado


Quando eu precisei eles estavam ao meu lado. 
 Em dias de chuva e sol. Eles sempre estiveram ao meu lado.


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Nany Peres